terça-feira, 22 de março de 2011

Ele era assim...

Ele sempre foi assim, pacato, observador, faminto de amor.

Tímido, sozinho, sonhador, tão menino.

Resmungão, andarilho, velhaco e um tanto mandão.

Tem uma personalidade assim, caminhava em direção há um mundo novo, um mundo real de sabores reais e de pessoas reais. Cresceu na humildade total, desprovido de certas coisas, coisas das quais todos tinham menos ele, era um dos meninos raros, daqueles que se destacam pelo o que não tem, pelo o que deixou de ter por simplesmente não poder.
Esse mesmo menino que sempre foi tratado por menino e não pelo nome, sempre por “aquele moleque”, “essezinho”, nunca pelo nome dele, as vezes quando alguém o procurava e perguntavam à vizinhança, “ você viu fulano¿” e as pessoas dizem “ quem¿ o menininho dali daquela casa de cima¿ filho de Maria da Conceição? a faxineira?” “ sim esse mesmo, a senhora o viu¿” “ não, eu não o vi brincar com os moleques daqui não.”.
Achar fulano era muito difícil, achar alguém que não tem nome e nem tem uma feição de fácil memória, mas mesmo assim ele nunca deixava de brincar, ele não fazia ideia de tal procura por ele, ele brincava como se não houvesse tempo no amanhã, brincava, pois este era o seu ofício o que tinha de melhor para fazer.
Essezinho que à tardinha ia pra casa, jantar seu arroz, seu feijãozinho misturado com ovo na frigideira e sorria feliz por poder encher sua colher e preencher a boca com tal sabor caseiro, a melhor comida do mundo, a comida de sua mãezinha, que cansada, o corpo mastigado chegava em casa e preparava com muita ternura e todo o dia sua comida tinha um sabor especial, ele sempre se perguntava: ” é a mesma comida todo dia, mas sempre está diferente”.
Esse moleque era tomado por um sorriso lindo assim que acordava e olhava pela pequena janela do seu quarto e olhava do alto do morro milhões de possibilidades, ele não queria ser o menino que aprendeu a jogar bola por ser sua última opção, não queria soltar pipa, nem bolinha de gude, ele queria simplesmente poder se deslumbrar com o que de grande tem tudo à sua volta, queria poder estudar e conhecer.
Então ele foi crescendo, aos 16 anos já estava estudando em um colégio muito bom, aliás, o melhor por ser federal, mais uma vez se destacava não por não ter nada, mas por ter muita inteligência revestida por uniformes sempre puídos, mas sempre muito limpinhos, não usava perfume, nem creme nos cabelos, mas seu semblante agora começava a mudar e estava em progresso na memória dos seus professores, de sua mãezinha que se emocionava toda vez que ele abotoava sua camisa de manhã e ia pro colégio com alguns biscoitinhos para ficar o dia todo, sorte como ele mesmo dizia é que na escola ele almoçava.
Foi galgando, foi estudando, se agarrando a isso como sua última escolha no mundo, sua última fonte de imortalidade, estudava e estudava e amava sua mãe, tinha dia que ele não ia estudar por falta de lanche, ou porque sua mãe adoecera e era ele que ia na casa de suas clientes, lavar, passar, e arrumar. Não ia também tinha vezes porque ficava tempos no ponto de ônibus e não conseguia passe livre.
Mas o tempo foi passando e ele conseguiu concluir seu segundo grau aos 19 anos, se preparava pra fazer as provas de vestibular, queria fazer todas, algumas ele conseguiu isenção de taxa e outras um amigo estimado, filho do diretor da escola que concluíra lhe pagou algumas outras, esse moleque que agora era chamado de Pedro e sim era lembrado com tal, tinha tudo para a realização de seu sonho.
Procurava emprego, mas foram negados em vários deles, alguns o salário era tão baixo que mal conseguiria pagar a passagem pra ir estudar, outros lhe olhavam torto por suas roupinhas humildes as que lhe eram doadas ou as que conseguia comprar com muita dificuldade.
Enfim o que eu quero aqui é concluir esta breve história, Pedro passou nos cindo vestibulares que prestou.
Fizeram festinha, pularam e o abraçaram, sua mãe chorou e após isso se foi...
Ele chorou pouco, seus olhos perderam muito do seu brilho habitual.
Chorava mais por dentro, era uma dor que se tornava latente, não passava.
Pedro então foi atrás de emprego mais uma vez, a cada dia que passava não estavam lhe dando oportunidade, ele sofria de fome e de orgulho, não pedia ajuda, ele lutava, corria atrás estava cansado de bater a cabeça e estava sozinho agora de vez, assim ele o via, só.
Então com o fio de pouca esperança nele foi tentar se matricular.
Conseguiu e depois sorriu leve. Se foi pra casa com o material de estudo, alguns cronogramas.
No dia seguinte ele juntou suas moedas, suas folhas de papel e foi pra faculdade. Cursar Engenharia. O sonho de sua mãe, um sonho, apenas um sonho.
Passou o dia deslumbrado de possibilidades, de pessoas inteligentes, conversou em um dos momentos raros que teve na vida, conversar com alguém, que incrível isso, sentir esse gosto de troca, esse sabor de conhecimento, essa fome de tudo que ele sentia, essa vontade de vida que ele gritava através de pequenas expressões e pequenos detalhes.
No outro dia Pedro não conseguiu ir, ou procurava emprego ou ia estudar, decidiu por ir procurar emprego, mais uma vez bateu cabeça, chorou mudo, no canto.
Então ele ergueu a cabeça e se dirigiu ao dono da boca de fumo, seu primo, e aceitou a proposta a ele direcionada, de ser gerente, de ser grande, de coordenar o tráfico no morro, por ser estudado poderia organizar um esquema de melhor funcionamento o mais reservado possível.

O que vocês acham que ele fez¿

Eu me surpreendi também.

Ele aceitou.

By.. Katherine

domingo, 20 de março de 2011

No caminho...

Ela segurava sua bolsa rente aos braços com muita força, seus olhos expressivos indicavam que tinha pressa em chegar logo.

Segurava na mão, alguns trocados para a passagem do trem, na correria, de repente as moedas contadas em centavos caíram por entre os dedos suados, a muvuca lhe empurrando contra as portas da lotação, a levaram até a roleta.

São 2,50.

Desculpa, eu sei, eu perdi ainda há pouco,não tenho mais, poderia me ajudar?
Faltam 0,20 centavos.

Eu sei,como lhe disse antes eu acabei de perder e não tenho, e eu preciso ir agora, estou atrasada.

Desculpe, mas não posso, imagina se eu fosse dar esse valor para todos que izdizem a mesma coisa pra mim ?

um senhor alto veio ao seu encontro.

Por favor tira daqui, duas, a minha e a dela.

Muito obrigada mesmo, de verdade, Deus lhe pague.

Um sorriso murcho brotou em seus lábios secos, ressecados do sol.
Esta entrou e alguns pontos depois desceu do ônibus, mais uma vez a bolsa rente ao corpo, os olhos focados em chegar logo no fim do caminho.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Luana.

Ele tá triste...

POr que?

Porque o verão levou ele!
Está triste pelo sol que está indo embora aos poucos...
O sol este grande malvado que levou meus olhos pálidos.
Quando veio a noite os mesmos ficaram então fechados, porque não via mais tal beleza, ficou então sem motivos.

Perfeito pra caralho...Fuckin Perfect!!!!!

Acho que está música regravada pelo Boyce avenue em homenagem às vítimas do Japão é merecedora de maior divulgação tanto n aversão dele quanto na versão original feita pela Pink:

TRadução:

Perfeito pra caralho Pink

Segui o caminho errado
Uma ou duas vezes
Cavei até conseguir sair
Sangue e fogo
Decisões ruins
Tudo bem
Bem vindo à minha vida boba

Mal tratada, deslocada, mal compreendida
Sabichona, tá tudo bem
Mas isso não me parou
Errada, sempre em dúvida
Subestimada, olha ainda estou por aqui

Querido, querido, por favor
se em algum momento você se sentir
Como se fosse nada, você é perfeito pra caralho pra mim.

Link do vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=s4Rax2PXiWA&feature=fvsr"

Link na versão do Boyce Avenue:http://www.youtube.com/watch?v=eX7nMCRSqJU&feature=player_embedded"


Enjoy....

quinta-feira, 17 de março de 2011

Esperando...

Estava ela ali, verdinha, comprida,esperando um pouco de vento para que possam se ovimentar, sair um pouco dessa rotina de estagnada.
O sol bate rente no chão, dando calor...luz e o fim sabor de verão, esse frescor de início de dia que os olhos conseguem perceber com tal beleza.
A música de interior tocando, as mulheres arrumando a casa toda em divisão consentida, as crianças na escola, a mãe fazendo comida pra ficar pronta a espera dos famintos que estão por chegar, os gatos, cachorros correm de um lado para o outro, pedem um pedaço de pão também. O telefone toca, o sorriso brota no rosto, ah o sorriso indicador que é um amorzinho querido.
A sorte de poder ir para algum lugar desempenhar um papel, uma função mostrar utilidae, construir com suas mãos, mostrar criatividade, resultado do pensamento conjunto.
Ter então aquele fimzinho de dia ao chegar em casa, andar de bicicleta, ter o beijo molhado de boca tão pequena e inocente de 5 anos de idade, dizendo que te ama muitooo.
Poder perguntar á um amigo:" posso ir ai pra gente fazer uma caipirinha?". e o melhor de tudo é ouvir sempre um sim quando se espera anciosamente por ele.

Os sabores que carregamos no nosso dia a dia é o que nos impulsiona.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pra você.

Ela tem o dom de recomeçar sempre, de ressucitar, de limpar a cara das lágrimas contidas, o rosto seco, levanta cedo, a casa com cheiro de café indicando que já é de manhã e outro dia novo está ali pra você.
Certos erros cometidos tantas algumas vezes, me fazem crer que não os repetirei mais.

A gente vê o quão bom é recomeçar sempre do zero para poder ter o bom em você. O bom para cada um.


E quando começamos a dizer " Eu te amo" não conseguimos parar mais..

Pra você.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Já se perguntou: Será que vou dar certo na vida?

Nos encontramos em uma sociedade líquida demais, que ensina de várias formas a nos esconder.Esconder o que tem forma.
" E trancafiamos em algum porão tanto a nossa essência omo as lentes de amor nos fazem compreender o outro além do sorriso ensaiado".

Quantas vezes nos tropeçamos nas palavras, nas frases, nos segurando, com medo que o outro saiba muito da gente, do que sentimos, medo de descobrirem mais do que queremos mostrar, baixar a guarda.

Medo de sofrer por não ser correspondido.

"Estamos sós nos nossos medos".

O que mais me choca é o que leio cada vez que releio uma página do livro Cartas entre amigos, eu me sinto muito presente nele, em cada linha, nas frases, nas palavras...há tanto de mim no que ele escreve junto com Gabriel Chalita.Eu preciso delas por enquanto para ter algum direcionamento como agir em certas atitudes.

"Define-se quem tem e quem não tem importância pelo dinheiro, pela beleza, pelo poder. E as amizades nascem do alcool imediato que queima rápido e de uma única só vez.
São perfeitos que buscam perfeitos para desfilarem juntos em uma sociedade perfeita"

É esse sarcasmo que é a nossa realidade, que nos cerca, à todo mundo e todos os dias ao deitar-nos com ela.

" É sempre o outro. O seu aplauso ou o seu desprezo."

O novo nos surpreende por ser novo apenas. E com certeza não cometemos erros repetidos sem consciência.

Sabe aquela mão que me pegava pelo entorno e dizia que eu pertência à elas? as mesmas disseram que eu poderia ser livre mais uma vez.. um momento de degustação que veio.. foi aproveitado e depois se foi.. mais uma vez. rs. Ainda estou no aguardo mais uma vez.quem sabe não é mesmo, o inesperado está sempre a espreita.