Se era amor?

Não era.Era outra coisa, tenho certeza.

Um dia eu era sem rotina, estava tranquila,sem planos, de repente no outro eu era assim simplesmente sozinha, antiga, escrava novamente do que não tem graça, me via em uma casa onde todas as janelas se fecham as três da tarde em um dia ensolarado, como se a praia ficasse vazia.

Quem pode explicar o que acontece dentro? Eu é que tenho de responder às minhas perguntas, E tenho que ser serena para aplacar minha própria demência. E tenho que ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto, pois sei que ninguém vai me trazer a cura, o mundo não vai de repente parar para que eu me recupere e francamente é um desperdício as lamúrias em cantos da casa.

Eu sei não precisa me dizer, era uma paixonite, uma diversão, um jogo entre adultos.
Talvez ai esteja o ponto, eu não devo estar pronta para ser adulta, o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a minha cabeça?

EU NÂO amei aquele cara eu tenho certeza, era apenas uma travessura, uma sacanagem, não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, era inverno, não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor, era sem cobrança, sem conversas sobre quem vai pagar a conta, quem vai buscar o filho tal em tal lugar, era sem nada disso, era pelo simples gosto de estar.

MAs acabou....

( Texto extraído do livro Divã de Martha Medeiros, eu adaptei algumas palavras e frases, que criei)

SAborei.. afixione-se.. mergulhe de verdade.

A idade é algo que realmente se mostra pela pele.

A idade é algo que realmente se mostra pela pele, uma época ela reflete a inocência ( o afeto, a descoberta e a oralidade), uma época em que é o desejo ( a troca, carinho, curiosidade) e uma época em que se revê tudo isso ( amores, vida e maturidade).
São simplesmente etapas, acúmulos e um contínuo adicionar de conhecimentos, é estar acompanhando e digerindo as constantes mudanças, é reciclar sempre e se adaptar ao novo.
É muito chão pisado, muitas mãos apertadas, amores incontidos e os que foram escondidos também, muitas vidas em uma só, muitas personalidades, muitos braços, calores, suor, são tantas coisas em uma só que enlouquece, somente terapia para salvar.
A idade, o tempo, uns sofrem com medo antecipado, tentando não estampar no rosto se omitem de si próprios para não ver o que está por vir que é inevitável.
Outros se preparam vivendo tudo de uma vez só acompanhando uma lista de botas batidas para realizar, outros que simplesmente se sentam em uma cadeira de balanço nos fins da tarde esperando um ser encapuzado de preto com machadinho estender as mão e dizer em tom grave " vamos, está na sua hora", sem se despedir de ninguém, a cadeira ainda balança e o assento ainda está quente de presença corpórea.

É uma comédia, mas é assim, o que fica é a presença que deixamos marcados no outro enquanto for para ficar.
A gente pensa em dar espaço para um amigo querendo que este tenha tempo para respirar, para se conhecer melhor,para que possa também se encontrar.
O tempo passa no interim e por ai já sabemos que o tempo passado não volta, tudo fica com uma cara diferente.
Como resgatar? bem a gente resgata quem sabe em um fim de tarde em que a gente se encontra do nada senta e bebe um HI-Fi feito pela pessoa certa no lugar certo.

A idade se mostra na ruga escondia e puxada por trás dos olhos, as pessoas puxam, maqueiam, colocam óculos escuros gigantes logo quando despertam, mas elas continuam lá te indicando, te levando....Não tem como fugir, ela chega e com ela a tal da gravidade que nem silicone consegue segurar.

O que é para ser feito em uma hora dessas?

Bem eu não sei dizer somente o tempo.. a dica que posso sugerir são dicas para se continuar nas horas dos dias de forma mais interessante, faça de cada ano o melhor e mais ousado, não é feio ser audaciosa, vulgar em partes, sedutora, inteligente, dona de casa, baladeira, ser tudo isso em uma só, estará simplesmente conhecendo suas facetas, suas polaridades, viva sem contagens regressivas ou depressivas, mas sim contagem dos minutos em que pode estar em êxtase com alguém ou em algum lugar, pode ser com vc mesma ou simplesmente com alguém te direcionando....A dica é sinta como se tudo fosse a primeira vez, perca a virgindade do que ainda não fez, não é somente para dizer que 'há eu fiz tal coisa' e sim para dizer 'eu experimentei e só agora posso dizer se quero ou não repetir tal dose.'

Dica de filmes: Encontro Marcado com o mara do Brad Pitt e o Antony Hopkins e também o maravilho e suave Antes de Partir com Morgam Freeman e o carinha que fez o Iluminado que eu esqueci agora me deu branco mesmo.

è encantador, marcante e que no fim leciona passagens importantes sobre vários gostos da vida, a sutileza do sentir.

Minha dica é .... se conheça, e caminhe..

por onde? bem é so seguir.

Suas mãos no meu enlaço...Sorrir mostra que vale a pena viver..

A alegria que se demonstra é força contra a tristeza e o medo.
Ao abrir-se num sorriso, você encaminha alegria em direção aos outros e também a si mesmo.É como se dissesse estar contente consigo mesmo, com a vida, com eles, com Deus.
O sorriso que vem do mais profundo sustenta a mente, à semelhança do combustível que sustenta o motor. Por isso, não se feche nem seja indiferente ao sorriso dos outros. Eles demonstram uma alegria que precisa encontrar ressonância para continuar existindo.
Sorrir mostra que vale a pena viver...

É incrível como a verdade pode ser dito de diversas formas, de vários pontos de vista..
è assim mesmo que acontece, por cada espectro de momento de vivência vemos que o pequeno é que se mostra capacitado de mostrar que tem vida ainda, mesmo que andemos, que falemos ou que respiramos, o que nos mostra vivos é o pequeno gesto de reflexo interior, sua cara mostra o que sente por dentro.

Por isso não existem motivos de tristeza ou que a vida ande por ai vivendo sem você participando.
Seja integrante total do que faz e do que sente.
Sinto falta de muitas coisas, inclusive de certos amigos, eles continuam lá, mas não estão lá de fato. Sinto falta deles, o que e fiz de errado eu não sei, mas sinto que não sou em si, e sim as mudanças e andanças que o próxima participa e faz que os muda, eu também mudo e o complicado é aceitar isso.
Entender a mudança no outro é um dos critérios para entender e ver a mudança que ocorreu em nós mesmos ao longo do tempo, a gente quase não percebe, mas quando estamos diante de uma situação que já passamos, temos duas escolhas, repetir a atitude ou ter aprendido com a consequência anterior e por assim dizer agir de forma diferente.

Assim nos mostra aos poucos que mudamos.