Quanto mais converso vejo o quão cômica a vida é com relação ao gostar.. as pessoas dizem que entram em um relacionamento ainda gostando de alguém, e que são claras e que são objetivas ao dizer que apesar de estar com certo alguém ainda gostam do outro que ´passou, mas que ainda perdura, engraçado como Mario Quintana diz que : "...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."
Mário Quintana

Reflitam, é verdade, faço dele as minhas palavras singelas de querer mostrar que quanto mais mostramos sinceridade, ainda assim continuamos a alimentar no outro a esperança de dar certo um dia, de poder tirar desse alguém, de dentro essa paixão adormecida, poder mostrar a possibilidade do novo acontecer, mas é o tipo de uma esperança em vão, querer mostrar que pode ser gostado também, um misto de sentimentos, a pessoa que mesmo sozinha é apaixonada por outro alguém carrega consigo os fragmentos,o gosto, essa pessoa que anda na companhia ausente desse amor,caminha pela rua com os sorrisos que o outro já deu na memória, dos toques suaves após um amor gostoso, as mãos que escorregam pelas costas quando se está beijando, o que fica no outro é a companhia de um cheiro que marcou, do tesão que ficou e não passa, o rosto de alguém que sofre por um amor não concebido,um rosto vazio, de olhar sempre perdido, as bocas tremem por alguns momentos querendo dizer um milhão de palavras, esse conter, essa angústia é o que faz com que sejamos errantes, pessoas que continuam pisando no mesmo caminho, dando risos sem muita graça, vendo as mesmas pessoas, ver todos os dias, ouvir suas palavras, estar e não estar, é ficar perambulando pela sombra de um sabor que ninguém vai conseguir proporcionar de novo, um conjunto falar, minha boca querendo beijar demais, um beijo completo, um gosto inteiro, é tão difícil assim ter alguém novo com todas essas atribuições? Certa vez uma amiga disse que a mente nem pensa muito mas o coração ainda sente e com força mesmo ela não querendo.
Talvez seja isso, tentamos disfarçar tanto e continuamos a errar muito mais e sempre, damos um falso pudor, um falso gosto aos nossos espíritos e vivemos em uma infelicidade constante, com pequenos momentos furtivos, a cara mostra sempre o que estamos sentindo por dentro e mesmo que maquiemos com bebida, sorrisos leves, sofremos, por mais que tenhamos o melhor emprego, os melhores amigos a falta desse mão que nos toca diferente e no lugar certo nos faz falta, falta essa que percebemos ao ver os otros terem e a gente não.
Esse completo que encontramos uma só vez e ao tentarmos achar outra boca o gosto nunca é o mesmo, por mais que procuremos, é triste saber que fomos programados muitas vezes para sentir tudo isso por uma só pessoa e o resto pelo nome mesmo já se diz é resto e não é inteiro, não é o que nos compete.
Sinto pena das minhas mãos que muitas vezes querem fazer tantas coisas e não podem, por mas perto que estejamos, meus olhos tem uma vontade enorme de ficar encarando até que o outro possa entender tudo o que eu não consigo falar, tenho pena de mim sim em certos momentos em saber que pessoas que poderiam ser para mim estão com um alguém errado e me pergunto o que me falta?

Falta o que o outro mesmo sendo errado tem e eu não, falta o sabor certo que o outro tem e eu não, falta algo que só o outro por ser outro tem e proporciona.

Doi, doi e doi demais, é constante e tem hora que me pergunto se mesmo que no fim consiga estar com quem eu realmente quero se vai parar de doer.
A lágrima fica seca no canto do olho, e estou cansada de sentir saudades, cansada de sentir o cheiro pela rua e pensar que posso ser abraçado do nada e tudo voltar ao que foi um dia, cansada de procurar por um beijo tão bom, por um abraço tão cheio de tudo, cansada de magoar as pessoas que passam pelo meu caminho e eu acho que posso matar o tempo com elas, cansada de querer e não ter nada, cansada de falsificar para mim mesma que o certo é ficar inteiramente sozinha até poder esquecer por completo e todo e qualquer vestígio do que me fez muito feliz um dia, que me ensinou a ser plena em sentidos.

O caminho é longo, doi muito, doi por um tempo indeterminado é fato isso, mas passa, tudo passa.

Dedico para alguns amigos que por muitos omentos de conversas e angústias me deram tal inspiração, observei também que alguns tiveram seu final feliz ( temporário, pois o amanhã é inesperado) e outros que batalham por um momento qualqer de felicidade, mesmo que pouca, mesmo que pequena mas que seja deles ( e minha também).

Boa sorte para todos nós...