sábado, 10 de outubro de 2009

Mãozinhas...

Mãos tão pequenninas, já seguindo ordens, de olhos negros quase sem vida, com sono e estafa, lábios pequenininhos sempre lamuriando a fome. Braços marcados, miúdo corpo suadodo trabalho.
Pernas que andam tanto, suportam o calor constante e o peso do corpo que se arrasta por entre o salgado chão seco, ficam trêmulas as pernas quando se estaciona na sombra de uma pequeno graveto.
Cabelos amassados, opacos, roupas surradas, mas sempre limpinhas de sabão de cocô feito em casa por sua mãe em uma tarde de Domingo.

São pequenos andares, pézinhos presos em uma vida que só terá mudança mesmo depois de abrir os olhos.

Kate

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Que tudo dê certo toda vez que o gosto do fim chegar...