Digo que os que se perdem no caminho são os que levam um pedaço nosso, mesmo que repentino, mesmo que pouco de nós, mesmo que pouco tempo, nos levam, nos marcam, pois nada que é feito por fazer deixa marca alguma, agora o intenso, o incrédulo, o que não se sabe muito bem a origem ou o fim, Ah, digo com total veemência que esses são os que marcam, marcam a pele, o cheiro, o gosto. Mesmo que venham outros, é algo que é de outra vida, outra existência.

Mas que marque, que seja gostoso, e que se vá quando for para ir... Mas que seja bom enquanto dure.

Como disse Lispector certa vez de devaneio as suas lembranças. “Que dure o tempo necessário para deixar gosto de saudade"