terça-feira, 25 de agosto de 2009

Um devaneio meu..um veraneio seu...

Gostaria de falar em partes sobre a nuâncias que venho tendo...
è tudo tão gozado que posso ousar falar do gozador..do engraçado..do supérfluo e do imundo.
POsso dizer aqui como em um diário que só pertence a mim e ao que escrevo e as lembraças que vou ter ao reler tais palavras, posso dizer que sou esquecida e o que faço não me da gosto algum, sabe porquê? Porque não me lembro do que faço do que digo de onde ando, pelo que sei por experiência própria tudo o que da gosto marca e no ato de marcar te faz ter uma lembrança, então já que não tem gosto algum por qu dar continuidade à um beijo à um sexo sem tesão? POr fazer?^
Querpo que FODA tudo isso...falo mesmo este palavrão ridículo,mas ele por enquanto me tem tornado menos puritana do que sou..mais real para mim mesma, embora ache que me suja demais a cada vez que pronuncio..Que saco quero que tudo isso acabe..fico em uma novela constante comigo mesma dentro de mim onde as vírgulas e pontos deixam de existir para por no papel este desabafo sem fim.

Quero que a poesia se torne minha vida, que o que mais quero se torne o meu ganha pão quero viver dos meus sonhos até então não vividos e fazer as vontades até então não feitas...quero me provar quero me ter para mim e assim me doar.

Aparentemente egoísta, aparentemente inequívoca, mas ser de mim..como ser de outrém se não sei quem sou ao certo?

Chega de perguntas chega desse falatório sem fim..O que quero dizer é sobre como é gostoso cada vez que leio uma página do livro " A menina que roubava livros" estou em um processo lento de degustação, estou com medo de acabar e eu não ter sentido a mensagem que está sendo passada, medo de não poder visualizar de ter para mim um pouco desse parecer desse conhecer.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Estou lendo...

Tem um trecho do livro que estou lendo que diz o seguinte:

“As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,para mim,está muito claro que o dia se funde através da multidão de matizes e entonações,a cada momento que passa.Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.”

Agora imagina isso tudo?

È total verdade, nós só notamos o dia no início e no fim. No intermédio dele estamos presos e sugados por uma série de atribulações que nos cegam,que nos comem.
Imagina só se em uma hora são milhares de cores,imagina quantas milhares de cpores passaram em horas dadas à nós como uma dádiva e que passaram em branco.
Está certo não tem como voltar, não tem como mudar um tempo passado e que já estamos cientes para que de agora em diante isso não se repita.
Mas isso é mentira, a rotina nos deixou robóticos, somos o que fazemos e isso decorre de uma rotina, isso decorre de vida que passa através de nossas funções diárias e que qualquer um observante consegue imitar de tão igual que é.

Vamos ser sinceros conosco.....Somos tolos,somos imigrantes de um passado muito presente e que nos faz querer cada vez mais a ganância insustentável e dominante que consome cada vez mais as mentes já novas de crianças que não nasceram e mentes velhas de adolescentes com seus 12 anos de idade.

O que me resta?

Venho me perguntando freqüentemente sobre isso.

O que me resta?O que nos resta?O que nos sobra?

O que podemos fazer para não mudar muito que somos o que nos sobrou de nós, o que nos restou.

Será que cuidamos da gente como deveria mesmo?A gente se perde,se suja,ficamos imundos em nós mesmos,é tanta divergência de fragmentos nossos que é assustador.

Uma das coisas que me consome é saber que embora tenha começado tarde a experimentar gostos, foi rápido demais também em que senti tudo,os desgostos,o arrependimento,foi tarde e ao mesmo tempo rápido demais com que eu desbravei em mim a imundice,o imundo a carnalidade,o errante persistente que em mim ficou.
O bom é saber que este gosto não quero sentir de novo.

Saber que meu caminho agora é procurar o que irá purificar estes momentos, esta vida de segundos que levei um tempo atrás de meses.

O que nos resta?

A consciência. Nos resta ela que nos pune,nos guia,nos mostra e é sempre tão latente e gritante também.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Afinidades..pequenos sorrisos..vontades...tesão..desejos..ocultos...

Muitas vezes me fiz professora.

Sinto tantos devaneios,uma caixinha de lembranças antigas,uma caixa de lembranças palpáveis deixam de ser lembranças antigas,se perdem,perdem seu significado e passam a dar espaço à novas lembranças antigas.
Sinto que fui tão corrompida,sinto que tudo deixou de ficar em mim e caiu no mundo,me sinto no literal corrompida dos pés ao fio de cabelo,assim mesmo ao contrário.
Como pode vivermos um caminho de constante procura?de constante perda,de constante encontro.Uns tantos constantes que em incomoda.Gosto de falar sozinha e de ficar oculta,confesso que tenho medo de ficar sozinha,mas sozinha comigo mesma,medo esse que não tem cura,pois eu só me tenho mais nada além disso,mas eu, esse eu,acaba por me dar medo.
Me pergunto tanto,e acabo vendo que tais perguntas que me movem,as respostas vão surgindo me respondendo,acabo vendo que não sou egoista e que tenho uma personalidade que ainda desconheço,sou uma estranha para mim.Uma constante antítese,uma mistura de figuras de linguagem que nem estudando consigo por me definir em uma só,são tantas.São tantas mulheres que em mim impera,são muitos os pedaços em um pedaço só.Quero um presente,já que meu aniversário está chegando e é uma data em específico que comemora mais um ano de vida,mais um ano de celebração,mais um ano em que adicionamos cultura,dores,perdas,sorrisos,beijos,abraços,apertos de mão,um degrau a mais em busca do sucesso,um sonho realizado,mais um ano em que vemos um fim,mais um ano em que vemos tantos fatos,mais um ano em que tenho certeza de que sou grão minúsculo perante um deserto.

Quero o seguinte presente:

Um dia todo só para mim,quero ficar sem relógio,ficar descalça,de cabelos soltos,usar vestido,ouvir somente sim,quero ouvir música bem alta,quero ficar em um abraço o tempo que eu quiser sem ouvir reclamações,quero poder brincar no balanço sem críticas,quero poder correr e pique esconde.

Quero ter um dia meu,simples cheios de sim e cheios de mim,cheios do que eu fui e do que eu sou,sem corrozões....Só eu.

domingo, 2 de agosto de 2009

DESEJO (Victor Hugo)


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por final que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você sesentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
Eque pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono dequem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar esofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
Eque se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.